Algumas ideias a registar de uma palestra do Prof. Paulo Morais da Associação Cívica Transparência e Integridade, recentemente promovida pela Associação Artística Vimaranense:
"O maior instrumento de corrupção em Portugal é o Orçamento de Estado".
- A dívida pública portuguesa deve-se ao facto de muitos dos atores políticos usarem o OE para transferirem dinheiro público para o privado (exemplos mais gravosos: EXPO, EURO 04, BPN, PPPs);
- No caso das PPPs, o esforço efetuado até ao momento pelo portugueses e, particularmente, os cortes nos vencimentos e subsídios dos funcionários públicos serviram somente para pagar PPPs que servem maioritariamente três grandes grupos: Grupo Melo, Espírito Santo e Mota Engil.
"Só retirando os privilégios aos mais poderosos é que o país pode avançar [estrutura de poder reconfigurada]".
- Necessidade urgente de criar uma «simplificação legislativa» e de uma melhor «gestão judicial», atribuindo «meios» para a criação de uma espécie de super-magistrados para combater a corrupção e investigar os «crimes de colarinho branco» e os conflitos de interesses entre o poder político e as entidades privadas [ex: sociedades de advogados].
Uma última ideia de Paulo Morais de combate ao discurso dominante que defende que o investimento oriundo da China, Rússia e Angola não passa de mera fumaça. De salientar que esses países investem, não no país [na implementação de empresas que criam postos de trabalho], mas somente na compra de empresas consideradas monopólios para transferir, assim, os lucros para fora de Portugal [acionistas].
Para complementar recomendo vivamente a visualização do programa Negócios da Semana [Sic Notícias] com a participação (entre outros) do jornalista Gonçalo Sampaio.
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