terça-feira, 8 de outubro de 2013

A festa do betão continua


"Acresce que o modelo geral de financiamento das obras foi em regime de parceria público-privada, ou seja, ruinoso. A celebração de contratos com privados para a execução dos projetos acarreta agora o pagamento de rendas incomportáveis. Os construtores do regime, bafejados com estas intervenções da PE, estão no paraíso, usufruindo, sem qualquer risco, de elevadas rentabilidades face ao capital investido.
 Afortunadas são também as sociedades de advogados que a PE contrata, tantos são os litígios decorrentes da sua incompetência. Só em 2013, em serviços jurídicos, já houve adjudicações de quase um milhão de euros. Os escritórios dos ex-ministros Rui Pena, José Luís Arnaut e Nobre Guedes são os principais contemplados.
O inferno, esse, está reservado a alunos e professores, ora instalados em obras megalómanas com manutenção deficiente. E árdua deve ser a vida dos diretores das escolas que têm de gerir verdadeiros palácios com orçamentos próprios de barracas.
Resumindo:

- Investir em betão não é o mesmo que investir na educação e no capital humano.
- Remodelar não é o mesmo que reconstruir;
- Os custos dos erros causados recaem actualmente sobretudo nos alunos (falta de condições e diminuição de qualidade no ensino) e no pessoal docente (desemprego histórico) e não docente;
- As PPPs são instrumentos "ruinosos" para o contribuinte português.



 (Isaac Cordal)

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