domingo, 29 de dezembro de 2013

Por muito que leia o artigo do César Israel Paulo...

e considere que, em teoria, está correcto, não posso concordar inteiramente com o mesmo. Isto não significa que eu considere que os professores contratados não mereçam vincular, porque obviamente merecem. 

É, sobretudo, o factor "fé" que me incomoda nesta matéria de vincular professores a um sistema educativo que se encontra completamente subvertido e que, por isso, deixaria mais professores de fora do que dentro.

Volto a repetir o que já disse milhares de vezes sobre este assunto: um (novo) concurso de vinculação extraordinária de professores  que ocorra com a actual organização curricular (imposta por cRato) é um erro, por mais justa que possa ser a ideia de um concurso extraordinário. 

Para levar a cabo um concurso de vinculação extraordinária verdadeiramente justo, era necessária a queda deste governo e da sua ideologia ("fazer mais com menos") e a implementação de uma nova reorganização curricular que implicasse uma ideia para a Educação em Portugal, assegurando, sobretudo, que tudo que foi retirado aos alunos e aos professores fosse restituído e melhorado.

Um novo concurso de vinculação, após a "encenação teatral" daquele que foi realizado anteriormente, confiando nos mesmos actores políticos e sindicais seria, no meu entendimento, um erro monumental. Incomoda-me que ainda haja "fé" para negociar em busca de uma "aplicação da justiça necessária", quando este MEC é responsável por inúmeras injustiças relativamente aos professores contratados: veja-se a PACC ou o número histórico de desemprego registado entre os professores desde a entrada desde governo.

Para este ministro do diz que disse, procurar "sangue novo" só pode mesmo ser para sugá-lo até à morte como um autêntico vampiro. Acreditar nele? Não, obrigado.


"O início do fim – uma nova era de recursos educativos ao dispor"



(Boneface)



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