quinta-feira, 25 de setembro de 2014

As aparentes dualidades nas palavras de Filinto Lima


Num mesmo artigo, Filinto Lima (director zeloso de um agrupamento) consegue evidenciar duas posições completamente ambíguas. 

- Se, por um lado, ele explica logo à partida que os "governos" prestam um mau serviço no capítulo das reformas educativas...

"O sistema educativo português carece de alterações, que devem perdurar no tempo para serem testadas. Todos os governos, sem exceção, implementam diversas reformas, querendo deixar a sua marca no que está bem e no que está mal. Erro crasso, pois a instabilidade lança a confusão nas escolas."

"O sistema de colocação de professores é ineficaz! Todos os anos, no arranque do ano letivo, somos confrontados com falta de professores nas escolas e, em alguns casos, o número não é residual."

Embora gratuitamente exponha (e desculpabilize) logo de seguida o que, no seu entendimento, terá sido o erro existente...



"Não parecendo uma questão política, antes técnica (plataformas, envolvendo técnicos de informática)"


Fala igualmente do que parece ter sido uma espécie de ano particularmente "negro" para os directores...

"as direções executivas não tiveram descanso, pois raro foi o dia de julho e agosto em que não chegou legislação ou indicações para enviar dados ou preencher plataformas…"


"durante todo o ano, para as direções das escolas que se veem obrigadas a responder a inquéritos, a estudar nova legislação"


- No entanto, por outro lado, revela ter "fé" de que esta equipa ministerial possa ainda deixar uma espécie de "marca"...

"...a oportunidade de deixar na Educação uma marca bem positiva..."


Eu diria que se trata de um artigo cheio de dualidades. Em que ficamos, Filinto? 


(Javier Jaén)

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