quinta-feira, 29 de janeiro de 2015

Homem (Cristo)

Na primeira "leva" da PACC, Homem Cristo escreveu um artigo sobre maus professores. Após a divulgação dos resultados desta última edição da PACC, escreveu outro artigo sobre (maus) professores. Tudo com a mesma premissa: generalizar e denegrir os profissionais da educação em Portugal. Nem sequer serve para contribuir para o debate, apenas e unicamente, generalizar e denegrir.

"Assim, em termos gerais, quem quer ser professor são os piores alunos, os mais pobres e os menos cultos."

"Sobretudo, têm de nos fazer colocar uma pergunta fundamental: quem queremos nas escolas a ensinar aos nossos filhos?"

"Os resultados estão à vista: ser professor na Finlândia é tão ou mais prestigiante do que ser médico e, internacionalmente, o país é reconhecido pelos bons desempenhos dos seus alunos."

Questiono-me se na Finlândia fazem provas de acesso a docentes que já estão em campo, se por lá também desinvestiram tanto na educação como aqui, se por lá fizeram a redução curricular que fizeram aqui, e se fazem o ataque cerrado que fazem aqui aos professores e ao ensino público. 


Mais grave é assobiar para o lado na questão dos privados, onde a proveniência dos professores e a sua formação é a mesma dos professores do ensino público. E naquele lado (que é tão defendido) os resultados lideram os rankings nacionais. Será que a "qualidade" destes também é má? 

"Por outro lado, quem hoje frequenta os cursos da área da educação são, em média, os que têm níveis socioeconómicos mais baixos e que, por isso, obtêm mais bolsas de acção social."

"De resto, não é por acaso que, nos rankings, as escolas com mais alunos desfavorecidos ficam nos últimos lugares da tabela, enquanto as privadas (que seleccionam os bons alunos e cobram propinas) ocupam os lugares cimeiros"

De salientar que Homem Cristo é o mesmo assessor do CDS-PP que, numa célebre Comissão de Educação e Ciência na A.R, se "escapuliu" da sala quando o seu nome estava a ser mencionado pelos peticionários (sobre o primeiro artigo acima referido) e teve que ser "defendido" na sua honra (que nunca esteve em causa) pelo deputado Michael Seufert.

O Observador quer pageviews, não é? Mas para esse peditório eu não contribuo. 



(Ian Stevenson) 

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