Preciso de um tradutor

Se ontem a maioria parlamentar insistia em argumentos inspirados na mais fidedigna partícula de Cristo e apregoava a todos os ventos que: "a prova credibiliza a educação", " é uma prova de acesso à profissão" e, o mais original de todos, "o estado não é obrigado a contratar todos os professores". Hoje o PS abriu finalmente "o livro". 

Se ontem se avistou uma espécie de "mini-pirueta", hoje, porém, o PS manifesta claramente o que pretende nesta matéria:

"O PS considera "redundante" que, "depois de serem avaliados por uma faculdade ou por um politécnico, e depois de serem avaliados pelas próprias escolas, os docentes ainda tenham de sujeitar-se a essa avaliação". O partido, diz Acácio Pinto, prefere "centrar o processo de avaliação nas escolas" e remeter para uma avaliação externa apenas os docentes sem avaliação, no mínimo, de Bom. "É nesse âmbito que a prova pode fazer sentido", explica o deputado."

Mas também declara que...

"...acabar pura e simplesmente com a PACC está fora dos planos dos socialistas. "A prova mantém-se, não está em causa a revogação", garante o coordenador da Educação no parlamento."

...No entanto (sem se perceber o porquê) votou a favor do projecto do PCP de revogação imediata da Prova...

"O chumbo do projecto está garantido pelos partidos da maioria, mas ontem, no parlamento, os socialistas colocaram-se ao lado do PCP e d'Os Verdes. Os partidos apresentaram dois projectos de lei que defendem a revogação da PACC e o PS aproveitou o palco para defender o modelo deixado ainda por Maria de Lurdes Rodrigues, antes de ser substituída por Isabel Alçada."

Faz sentido? Sim, são eleições. 

(Wasted Rita)