terça-feira, 2 de junho de 2015

Espaço do Correspondente - Eduardo de Montaigne

I
O possível filósofo

A maldição da Curiosidade e da Dúvida

Sobre os perigos da Perceção e do Existir

Agressividade – Afetividade – Aflição – Alegria – Altruísmo – Ambivalência – Amizade – Amor – Angústia – Ansiedade – Antipatia – Antecipação – Apatia – Arrependimento – Arrogância – Autopiedade – Autodestruição - Avareza – Bondade - Bem-aventurança – Benevolência – Carinho – Castigo – Cobiça – Compaixão – Confusão – Ciúme – Constrangimento – Coragem – Culpa – Curiosidade – Contentamento – Depressão – Desabafo – Deslumbramento – Desprezo – Dó – Dor - Deceção – Dúvida – Desejo – Desapontamento – Egoísmo – Empatia – Esperança – Euforia – Entusiasmo – Epifania – Excitação – Expectativa – Fanatismo – Felicidade - Falsidade – Frieza – Fraqueza – Fracasso – Frustração – Gratificação – Gratidão – Histeria – Hostilidade – Humor – Humildade – Humilhação – Incómodo – Inclinação – Impaciência - Indolência - Inspiração - Interesse – Indecisão – Inveja – Ira – Isolamento – Mágoa - Mau-humor – Medo – Melancolia – Nojo – Nostalgia – Ódio – Orgulho – Paixão – Paciência – Pânico – Pena – Pesar – Piedade – Possessividade – Prazer – Preguiça – Preocupação – Paz – Raiva – Receio – Redenção – Remorso – Repugnância – Resignação – Ressentimento – Saudade – Simpatia – Soberba – Sofrimento – Solidão – Surpresa – Susto – Tranquilidade – Tédio – Temor – Terror – Timidez – Tristeza - Vaidade – Vergonha – Vício - Vingança – Violência…

Afinal, o que é a inteligência senão o domínio das emoções e sentimentos…

Os olhos vagueavam em busca de algo que o ajudasse a resistir a todas as vozes que insistiam em permanecer na sua cabeça. Das ruas ecoavam sons e palavras incompreensíveis, assemelhavam-se a murmúrios de seres fantasmagóricos, que deambulando sonolentamente na vida, ignoravam a sua própria condição. Longe de serem janelas da alma, os seus olhos baços evocavam claraboias de uma prisão.
Acordara sufocado no próprio vómito. Ultimamente os pesadelos eram recorrentes e vívidos. A sua mente reconstruía-lhe imagens que tentava ignorar a todo custo, infelizmente, os níveis da consciência são celas intrincadas que nos acorrentam às memórias.

A escuridão da sua alcova emanava um odor fétido. Era um odor a ser quase humano. Precisava sair dali.

Eduardo de Montaigne


(Lana Sutra)

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